Projeto foi idealizado para tornar a residência totalmente autossuficiente
Um projeto que tinha por objetivo ser autossustentável e ter forte relação com a natureza. Assim nasceu o projeto da Fazenda Catuçaba, realizado pela empresa Carpinteria e o escritório MK 27. A implantação da residência, a primeira das sete casas que serão construídas no local, foi no ponto com vista para o vale do município de Catuçaba. Toda a estrutura, que tem planta térrea, é de madeira certificada FSC, que foi fornecida pela empresa Amata. Além disso, o projeto foi idealizado para que a casa fosse totalmente autossuficiente. Até o momento, é a única residência no Brasil com certificado Platina pelo Referencial Casa do Green Building Council Brasil (GBC Brasil).
Na cobertura da residência foram projetadas duas calhas, para que, dessa forma, a água desça em coletores e chegue à cisterna para fazer coleta da água da chuva. Também foram instalados painéis solares térmicos para aquecimento da água e turbina eólica para geração da energia. Durante toda a execução da proposta, os profissionais envolvidos pensaram em soluções para garantir um consumo energético eficiente e também oferecer conforto ao usuário. Por isso, o grupo optou por utilizar estrutura pré-fabricada, apoiando-a no terreno a partir de pilares que não tocassem diretamente o solo. O piso do deck também usou madeira certificada e, no piso interno, foi utilizado tijolo maciço feito com terra local, material utilizado também para construir os muros laterais. Nas divisórias da casa, o wood frame está presente, com isolamento de lã de PET. Para garantir o conforto térmico, a casa conta com caixilhos com vidros duplos. Por ter grande parte dos componentes pré-fabricados, a montagem da casa foi feita em apenas quatro semanas.
“98% da casa é madeira. O concreto só foi usado na fundação. Desde o início queríamos construir uma casa para receber o selo sustentável GBC e conseguimos atender a maioria dos itens. Utilizamos materiais ambientalmente corretos e toda a estrutura é desmontável por conta do sistema estrutural que desenvolvemos. Além disso, a obra não teve resíduo. Por tudo isso, conseguimos atingir o nível máximo de certificação, e o fato de ser a primeira casa brasileira a atingir o nível Platina é algo que nos enche de orgulho de ter participado deste projeto”, declarou Alan Dias, engenheiro e sócio da Carpinteria.